Homenagem aos 100 anos do Escutismo em Portugal é inaugurada na Póvoa de Lanhoso

“Acabamos de inaugurar um monumento evocativo do passado, mas que também nos fala do presente e do futuro”.

A celebração dos cem anos do escutismo em Portugal foi marcada pela inauguração de um monumento na Póvoa de Lanhoso.

A cerimônia reuniu representantes da Câmara Municipal, do Núcleo e dos Agrupamentos do Corpo Nacional de Escutas (CNE) do concelho.

Em agosto de 2022, o Núcleo do CNE lançou um desafio aos Agrupamentos locais: um concurso de ideias para a construção de um monumento.

O trabalho número 2, apresentado pelo clã S. Paulo do Agrupamento527 Nossa Senhora do Amparo, foi o vencedor.

Carlos Marinho, engenheiro da Câmara Municipal, o pintor e artista plástico Domingos Silva foram os responsáveis por transformar o projeto em papel numa realidade, sempre tendo em mente a preservação da ideia original vencedora.

Após a revelação da obra e a bênção do Arcipreste da Póvoa de Lanhoso, padre Albino Carneiro, foram proferidos discursos. Jaime Pereira, chefe do Núcleo do CNE da Póvoa de Lanhoso, ressaltou que “hoje vivemos o primeiro dia do segundo centenário do CNE, e não há melhor ocasião para inaugurar um monumento em comemoração aos 100 anos do escutismo católico em Portugal, que celebramos ontem (sábado) com grande festa na cidade de Braga, berço do CNE.

Acabamos de inaugurar um monumento evocativo do passado, mas que também nos fala do presente e do futuro”.

Além da Câmara Municipal, responsável pela construção do monumento, estiveram presentes na cerimônia a Assembleia Municipal, a chefe Regional de Braga, Catarina Miranda, e o Chefe Nacional, Ivo Faria, entre outros convidados.

“É importante reconhecer o trabalho desenvolvido por aqueles que contribuem para a construção da nossa comunidade”, destacou o edil Frederico Castro.

Uma obra que indica o caminho a seguir Localizado num jardim cercado por árvores, o monumento é composto por uma rocha granítica e dois painéis.

Um dos painéis em forma de “L” apresenta o Castelo de Lanhoso e a Flor de Lis com a cruz de Cristo, símbolos das Terras de Lanhoso e do Movimento Escutista Católico, respetivamente.

O outro painel, voltado para o Norte, exibe o símbolo do centenário, uma construção polipedestre.

Trata-se de um monumento que aborda o passado, o presente e o futuro. “Do passado, porque evoca os 100 anosdo CNE e também a história de Portugal, com o Castelo de Lanhoso e a sua rica história relacionada à fundação da nação.

Do presente, porque ao unir o Castelo de Lanhoso, o símbolo máximo da identidade do povo de Póvoa de Lanhoso, e a Flor de Lis, símbolo do movimento escutista, ele destaca a presença do movimento nas terras de Lanhoso, presença que se faz sentir desde 1976, com a fundação do primeiro Agrupamento.

São várias gerações de escuteiros, centenas de crianças e jovens que passaram por aqui e hoje testemunham na sociedade, agindo diariamente com espírito escutista e com uma visão e postura diferenciada diante do mundo”, explicou Jaime Pereira.

“E do futuro, porque acertadamente o clã vencedor incluiu na sua maquete a construção polipedestre, escolhida como símbolo do centenário. Neste símbolo, a Flor de Lis revela os valores que norteiam a nossa ação: a Lei, a Promessa, os Princípios, a Mística e a Simbologia.

O fogo representa a nossa identidade católica. A estrela formada por pessoas representa o nosso envolvimento na comunidade, o serviço, a boa ação, o sistema de patrulhas e a relação educativa.

A tenda simboliza o nosso método, o aprender, fazendo o progresso individual. As montanhas representam a vida na natureza”, ressaltou o responsável. “Estes são os pilares da nossa ação, e devemos tê-los sempre presentes nas nossas atividades.

Eles estão na essência do que somos, eles tornam-nos escuteiros que praticam o escutismo, porque somos a corda que une todas as varas.

Se observarmos, esta construção polipedestre está voltada para o Norte, como se estivesse nos mostrasse o caminho”, acrescentou o chefe do Núcleo do CNE da Póvoa de Lanhoso.

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