Evento decorre a 30 e 31 de maio e reúne escritores, artistas e cidadãos num encontro entre arte, literatura e identidade local
As Caldas das Taipas voltam a afirmar-se como palco de criação e partilha cultural com a realização do Thermos – Encontros Literários das Caldas das Taipas, nos dias 30 e 31 de maio. Esta iniciativa aposta numa abordagem inovadora que une escritores consagrados, artistas locais e a participação ativa da comunidade taipense.
Mais do que um simples evento literário, o Thermos procura deixar uma marca duradoura na vida cultural da vila, envolvendo alunos, seniores, coletividades e autores regionais na construção de um verdadeiro movimento artístico coletivo.
Participação ativa das escolas e coletividades locais
Ao longo dos últimos meses, alunos de vários ciclos de ensino têm desenvolvido conteúdos inspirados nos autores convidados. O grupo de teatro Atrama prepara uma leitura dramatizada a partir das obras em destaque, enquanto os seniores dos clubes de leitura e de música prometem momentos de grande envolvimento no evento.
A programação integra ainda a presença de autores da região Norte, com o objetivo de valorizar a produção literária e a investigação feita fora dos grandes centros urbanos.
Obras inéditas inspiradas nas Taipas
Outro dos grandes destaques do Thermos é a apresentação de duas obras originais, desenvolvidas durante residências artísticas com base no património natural e humano das Taipas.
A ilustradora Ana Gil apresenta o livro A terra onde a Água desenha, uma homenagem visual ao território taipense que remete para o espírito da obra de Ferreira de Castro. A autora expõe ainda as suas ilustrações nos Banhos Velhos, espaço termal de referência na vila.
Já o escritor Luís Aguiar estreia a obra poética Desígnios da água, composta por 35 poemas que homenageiam o povo taipense, cruzando memória, identidade e linguagem poética com forte ligação ao território.
Cultura acessível e descentralizada
Para além do legado material, o Thermos pretende democratizar o acesso à arte e à literatura, levando a criação artística para espaços públicos e locais do quotidiano. O evento reforça o papel das Caldas das Taipas como ponto de encontro civilizacional e criativo, à imagem de figuras como Camilo Castelo Branco e Ferreira de Castro, que também se inspiraram neste território.