CLDS-5G Lanhoso arranca com compromisso coletivo para reforçar a coesão social na Póvoa de Lanhoso

Projeto financiado pelo programa Pessoas 2030 prevê apoiar mais de 1.500 pessoas em situação de vulnerabilidade até 2028

Foi oficialmente apresentado no Centro Interpretativo Maria da Fonte o programa CLDS-5G Lanhoso, um novo projeto que visa combater a pobreza e promover a inclusão social no concelho da Póvoa de Lanhoso, através de uma intervenção articulada entre o Município e várias entidades locais.

Com um investimento total de 594 mil euros, financiado pelo programa Pessoas 2030, o CLDS-5G Lanhoso (Contrato Local de Desenvolvimento Social) integra um plano de ação até 2028, com 44 atividades orientadas para a capacitação, apoio social e reforço da coesão comunitária. O programa prevê beneficiar diretamente 1.569 pessoas em situação de vulnerabilidade social e económica.

Inclusão social em rede: um compromisso com o território

A sessão de apresentação contou com a presença da Vice-Presidente e Vereadora da Ação Social, Fátima Moreira, que destacou a importância do projeto e a continuidade do trabalho social desenvolvido no concelho:

“Este é um momento importante para todos nós. O CLDS-5G Lanhoso é uma oportunidade para o território e um compromisso conjunto entre o Município e os nossos parceiros locais.”

A iniciativa contou também com a intervenção de Helena Areias, do Instituto da Segurança Social, que abordou os objetivos e impactos do programa CLDS 5G a nível distrital. Já Cristina Silva, coordenadora do projeto CIGAGIRO da Cruz Vermelha Portuguesa, partilhou uma perspetiva prática sobre modelos de intervenção social participativos.

Plano de ação integrado e complementar

A equipa técnica do Município apresentou os eixos estratégicos do plano de ação, que pretende ser complementar a outras iniciativas já em curso, como o SAAS, o NLI, o Radar Social ou o projeto Bem-me-quer, que atua junto da população idosa com uma equipa multidisciplinar. Em breve, será ainda lançada uma unidade móvel de apoio social, que percorrerá o concelho com respostas descentralizadas.

Fátima Moreira sublinhou que o CLDS-5G não deve funcionar de forma isolada, mas sim como parte de uma estratégia global:

“O CLDS não é uma ilha. Deve articular-se com os projetos já em funcionamento, para evitar sobreposição de respostas e potenciar os recursos disponíveis.”

Um plano pensado para quatro anos

Este novo ciclo do CLDS, coordenado diretamente pelo Município da Póvoa de Lanhoso, representa uma mudança de liderança em relação aos ciclos anteriores, que estiveram a cargo de instituições como a Santa Casa da Misericórdia e a Sol-do-Ave. Ainda assim, Fátima Moreira deixou palavras de agradecimento às entidades que estiveram envolvidas no passado, reconhecendo o legado e a experiência adquirida.

“Olhámos para trás, para os recursos já existentes, para a capacitação das nossas equipas, e preparámos um plano para os próximos quatro anos com base nesse caminho já trilhado.”

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