As canções do 25 de Abril

A assinalar as comemoração dos 49 anos, recordamos algumas das canções do 25 de Abril que marcaram o Dia da Revolução em Portugal no ano de 1974.

E Depois do Adeus – Paulo de Carvalho

Às 22h55 do dia 24 de Abril de 1974 era dada a primeira senha, nos Emissores Associados de Lisboa, para o Movimento das Forças Armadas se prepararem para a missão de libertar Portugal do regime totalitário em que esteve durante 48 anos.

Aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, João Paulo Diniz, tinha que colocar à hora programada o tema “E Depois do Adeus” da autoria de José Niza e de José Calvário, na voz de Paulo de Carvalho, canção vencedora do Festival RTP da Canção daquele ano.

A razão da escolha desta canção era por a mesma não ter conteúdo político e ser uma música em voga na altura, não levantando, assim, suspeitas.

Grândola Vila Morena – Zeca Afonso

Ainda antes da revolução do 25 de abril, Zeca Afonso interpretou pela primeira vez a canção “O Que Faz Falta” para um grupo de trabalhadores que se encontravam em protesto contra o lock-out promovido pelo patrão de uma fábrica.

Este tema mostrava a mensagem de mobilização popular com que Zeca Afonso ficou conhecido.

Somos Livres – Ermelinda Duarte

Luís Cília – O Povo Unido Jamais Será Vencido

Na ressaca do 25 de Abril, José Cid fez os arranjos e a atriz Ermelinda Duarte interpretou esta cantiga na peça Lisboa 72-74 do Teatro Estúdio de Lisboa. Depois de a ouvir, Mário Martins, da editora Valentim de Carvalho, convidou-a para a editar em disco, e José Cid produziu o single. A canção acabou por se tornar numa das mais icónicas dos anos que seguiram à revolução.

Escrita por Sergio Ortega Alvarado e os Quilapayún antes do golpe de estado fascista (patrocinado pelos Estados Unidos) que depôs Salvador Allende, em 1973, “El Pueblo Unido Jamás Será Vencido” tornou-se um dos hinos da resistência chilena e da esquerda internacional. Em 1974 a banda chilena, na altura exilada em França, acompanhou Luís Cília, que também vivera em França durante a ditadura salazarista, nesta versão portuguesa da canção.

Liberdade – Sérgio Godinho

“Paz, pão, habitação, saúde, educação”. É assim que Sérgio Godinho fala neste tratado político.

“25 de Abril Sempre”

Jorge Sampaio 1977

Publicado

em

por